A história de Persona 6 precisa lembrar uma lição crucial do chefe final de Persona 5 Royal

Persona 6's story must remember a crucial lesson from Persona 5 Royal's final boss.

Aviso: GRANDES SPOILERS para Persona 5 Royal à frente. Prossiga por sua conta e risco.

A narrativa de Persona 6 terá muito a cumprir quando for lançada. Uma das principais razões pelas quais o público se apega aos jogos são os personagens divertidos e interessantes, especialmente os do elenco principal, com alguns personagens secundários ganhando notoriedade.

Isso é especialmente verdade em Persona 5 Royal, que, apesar da qualidade inconsistente dos vilões, possui talvez o conjunto de personagens mais populares de toda a série. Persona 6, sem dúvida, incluirá muitos novos recursos e melhorias que se somarão ao que tornou seus predecessores ótimos, mas há uma coisa que ele deve aprender com o jogo principal anterior.

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Persona 6 Deve Ter um Vilão Complexo e Empático

Ter antagonistas claramente malignos, cujos interesses se limitam a seu próprio ganho, é sempre divertido de combater, e muitos dos melhores vilões de Persona 5 Royal se encaixam perfeitamente nesse perfil. Indivíduos como Kamoshida ou Shido não possuem praticamente nenhuma qualidade redentora, tornando ainda mais satisfatório derrubá-los e fazê-los perder todo o seu poder. Porém, nem todos os vilões do jogo se encaixam nesse molde.

O exemplo mais notável e poderoso disso é Takuto Maruki, um terapeuta apresentado no início de Persona 5 Royal, cujo comportamento amável e genuíno cuidado com seus pacientes fazem dele uma presença reconfortante. Quando é revelado que ele está buscando usar o poder de sua Persona para mudar a realidade de acordo com os desejos mais profundos de todos, o jogo faz questão de mostrar que ele não está fazendo isso com intenções nefastas. Na verdade, ele quer garantir que ninguém precise passar por algo como o incidente horrível que separou ele e sua noiva.

Maruki funciona como o antagonista do terceiro semestre em Persona 5 Royal porque, apesar de ser o inimigo mais poderoso que os Phantom Thieves enfrentam, ele sempre é mostrado como alguém que sofre pela perda de seu relacionamento devido a circunstâncias além de seu controle e do controle de sua noiva. Os outros personagens reconhecem isso, mesmo discordando abertamente de seus métodos, e precisam lidar com a forma como sua dor os moldou, apesar de desejarem que as coisas tivessem sido diferentes.

O que torna Maruki tão refrescante como vilão é que sua dor é real, e sua Persona, Azathoth, o impede de lidar com ela de maneira saudável. Seria fácil para o desenvolvimento dele no início do jogo ser prejudicado com essa revelação, mas, apesar de sua mudança de papel no terceiro semestre, sua caracterização como uma alma bondosa que deseja genuinamente a felicidade de todos continua sendo essencial para sua essência.

Seja qual for o tema que Persona 6 tente abordar, a Atlus perderia a oportunidade de explorar outro antagonista complexo, cujo coração está genuinamente no lugar certo, mesmo que tenha se desviado gravemente. Persona 5 Royal é conhecido por seus personagens memoráveis pelos quais os jogadores se apegaram, sendo que seus antagonistas acabam sendo sua qualidade mais inconsistente. Em um jogo em que Kamoshida pode ser memorável como um indivíduo monstruoso que constantemente abusa de seu poder como treinador de escola, há também Kaneshiro, cuja caracterização superficial o torna completamente esquecível. Seria uma pena se Persona 6 mantivesse essa inconsistência.

Seria interessante se a história de Persona 6 desse a cada personagem razões válidas para escolher seu próprio alinhamento, com um deles potencialmente sendo cegamente levado pela ideologia, ignorando falhas fatais. Os antagonistas do jogo podem seguir qualquer direção, mas se Persona 6 pretende ser uma grande mudança para a série, uma coisa que ele deveria herdar do jogo anterior é um personagem tão bem-realizado e bem-escrito quanto Maruki.

Persona 6 está em desenvolvimento.

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