O CEO da Epic, Tim Sweeney, diz que o Google ofereceu um acordo que parecia suspeito para lançar o Fortnite na Play Store.

Tim Sweeney, CEO da Epic, detalha um acordo suspeito oferecido pelo Google para lançar o Fortnite na Play Store.

O CEO da Epic Games, Tim Sweeney, afirmou que o Google ofereceu a ele o que “parecia um acordo desonesto” para persuadir a empresa a lançar o Fortnite na Google Play Store, em vez de seu próprio site.

Sweeney fez essa declaração ao ser interrogado ontem no julgamento em andamento entre a Epic e o Google.

Conforme relatado pela AP, Sweeney descreveu uma reunião entre ele e o Google na sede deste último para discutir um acordo que permitiria à Epic lançar o Fortnite na Play Store. “Parecia um acordo desonesto”, disse Sweeney. “O Google estava propondo uma série de acordos paralelos que pareciam destinados a convencer a Epic a não competir contra eles”, continuou.

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Sweeney recusou as ofertas do Google e a Epic lançou o Fortnite no Android em 2018 por meio de um instalador que precisava ser baixado de seu próprio site. Em 2020, a Epic finalmente lançou o Fortnite na Play Store, antes de tentar burlar as taxas de plataforma no Android e iOS, implementando secretamente seu próprio sistema de pagamento.

A tática, chamada internamente de Projeto Liberty, foi uma violação intencional da política de pagamentos do Google. No início do julgamento, a Epic disse que desenvolveu o Projeto Liberty porque “decidiu enfrentar o valentão”, como relatado pelo The Verge. Durante o interrogatório feito pelo advogado do Google, Sweeney admitiu que a Epic sabia que seu plano violaria as políticas do Google Play, pois era isso que pretendia fazer.

Registros do interrogatório do Google a Sweeney pelo The Verge. | Crédito da imagem: The Verge

No início desta semana, documentos judiciais de Epic vs. Google revelaram que o Google considerou uma parceria com a Tencent para obter a propriedade ou uma participação controladora na desenvolvedora do Fortnite, na esperança de usá-la como um “impulsionador de negócios líder”.