O Primeiro Mistério de Undead Murder Farce Já é Incrível

Undead Murder Farce's First Mystery is Amazing

Aviso: Este texto pode conter pequenos spoilers para Undead Murder Farce, Episódio 2, “Vampire”, e Episódio 3, “O Imortal e o Oni”, agora disponíveis para streaming no Crunchyroll.

Embora o teste de três episódios ainda seja frequentemente considerado o padrão para se envolver em um anime, uma estreia sólida pode ser determinante para manter o interesse do espectador a longo prazo. É impressionante como o segundo episódio de Undead Murder Farce é quase tão adequado à história quanto o primeiro, exibindo uma exposição magistral, desenvolvimento de enredo e um mistério viciante.

Esta série, dirigida por Shinichi Omata, segue Aya Rindo, uma detetive imortal em busca de seu corpo desaparecido, ajudada pelo meio-oni Shinuchi e pela empregada letal, embora silenciosa, Shizuka. Em nossa análise da estreia, elogiamos a narrativa visual e a escrita dos personagens, chamando o início da série de “sofisticado” e “cheio de estilo”.

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Um Salto no Tempo Engenhoso

A estreia da temporada de Murder Farce foi focada em reunir o trio principal, explorar suas personalidades contrastantes e oferecer uma amostra de suas complexidades internas por meio de conversas. No final, eles concordaram em formar uma parceria e embarcaram em uma aventura para enfrentar um inimigo em comum, mas o segundo episódio, intitulado simplesmente “Vampire”, avança rapidamente algum tempo nessa aventura. E, deliciosamente, isso produz resultados fenomenais.

O primeiro grande arco desta temporada segue uma família de vampiros que vivem ao lado da humanidade como aliados, embora sejam tratados como excluídos por causa de sua natureza. Quando o pai, Lorde Godard, descobre que sua esposa foi assassinada, a paz já tensa é ainda mais testada e a imprensa se aproxima da família em busca de comentários. No entanto, Lorde Goddard já contratou ajuda – uma determinada detetive famosa conhecida como “Usuária da Jaula”.

Essa nova história começa com uma introdução fria que tece metodicamente a história dessa família, as condições em que vivem, por que vivem nelas e as ameaças que continuam se apresentando. A audiência deve acompanhar essa família enquanto eles descobrem sua própria mãe morta, à medida que as primeiras pistas vão surgindo uma após a outra. É uma introdução paciente, delicada e cativante, de forma clássica.

Além disso, ao avançar no tempo, a história preenche o público quanto ao que o trio principal tem feito desde o primeiro episódio. Isso informa suas façanhas em mistérios passados e, por extensão, revela a ampla gama de criaturas fictícias que existem nessa fantasia moderna de teor farcical, desde sereias até golems. E, é claro, também há vampiros.

No momento em que o trio principal entra em cena, eles são tão atraentes quanto na estreia, mas a exposição lhes deu uma nova aura de mistério. Suas façanhas podem ser conhecidas por muitos, mas a família ainda fica surpresa com a revelação do estado desencarnado de Rindo. A direção faz um excelente trabalho ao seguir suas perspectivas enquanto eles ponderam de onde vem sua voz. A audiência pode já saber, mas assistir aos outros descobrindo a verdade é igualmente divertido.

Ironicamente dramático. Além disso, a química do Episódio 1 não perdeu seu encanto. Apropriadamente, os personagens dialogam como se estivessem juntos há muito tempo, e eles se estabeleceram em padrões reconhecíveis que revelam muito sobre seus relacionamentos. Shinuchi e Shizuka ainda estão em desacordo, mas com Rindo, os dois compartilham um senso de humor semelhante que reflete a brincadeira em seu relacionamento.

Um Mistério Cativante

Em qualquer programa de mistério, os detalhes importam – especialmente os pequenos detalhes – e é um testemunho da qualidade da direção de Omata que cada pequeno detalhe pareça importante. Isso convida o público a participar, seja para juntar as peças das pistas ou apenas para observar como cada ação informa os personagens e suas personalidades. Outra vantagem do salto no tempo é ver como os personagens aprenderam a realizar seu trabalho, quase por instinto.

Durante o Episódio 3, “O Imortal e o Oni”, Rindo questiona a família à mesa de jantar, avaliando o paradeiro de todos durante o momento do assassinato. Sem um corpo próprio, Rindo exige que Shinuchi vire sua gaiola para encarar os suspeitos nos olhos. É um pequeno detalhe que poderia facilmente parecer engraçado dependendo da forma como é apresentado, mas causa uma impressão imponente e legal. Shinuchi trabalha com essa mulher tempo suficiente para saber como movê-la da melhor maneira.

A tensão entre o trio principal, a família e os poucos servos humanos aumenta à medida que a suspeita recai sobre aqueles dentro da casa, em vez de algum partido externo. Para Goddard, a sugestão de que um de seus próprios familiares seja o assassino parece absurda, mas é cada vez mais improvável que algum estranho seja o responsável. As pistas começam a se acumular rapidamente, mas a apresentação nunca é avassaladora.

Quando os créditos finais chegam ao final do Episódio 2, foi um choque que tenha acabado tão rápido. O ritmo tem uma qualidade rara e hipnotizante que pode envolver e fazer esquecer do tempo, o que torna a espera por um novo episódio ainda mais agradável. Os entusiastas do gênero de mistério podem achar isso típico, mas entre os elementos de fantasia moderna e a direção cativante, é difícil não aproveitar uma história tão bem produzida.

O Episódio 3 termina com a promessa de que a “farsa” está chegando ao fim, o que implica que o próximo quarto episódio revelará a resposta para o mistério, e a hype é justificada. Undead Murder Farce pode não estar no topo da lista de “obrigatórios” de muitas pessoas nesta temporada, mas considerando o quão inesperadamente divertido tem sido, argumenta-se que deveria estar. Esperançosamente, os próximos episódios não mancharão tal impulso promissor.

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